Foi o primeiro e único episódio (para já) que ouvi vosso. Confesso que me deixou desconfortável. Pelo enxovalhanço e pela dissecação crua de uma pessoa de quem tinha melhor ideia. Vamos por partes: sou de esquerda, engenheiro informático, e também achava que a política podia ser "resolvida".
Quando comecei a interessar-me por política, li sobre todo o tipo de ideologias e achei que ia encontrar A ideologia "certa". Rapidamente percebi que política é um jogo de corda e que não se consegue agradar a todos ao mesmo tempo.
Também sou uma pessoa com imensas dúvidas, sobretudo no que toca a política porque tento sempre ver os dois (ou múltiplos) lados de alguma coisa. No sentido em que tento perceber o que leva uma pessoa a defender certa posição. Tenho sempre mais perguntas do que respostas em relação a determinado tópico e sobre que medidas devem ou não ser tomadas.
Dito isto tudo, gostei muito do episódio, mesmo que tenha sido desconfortável. Acho que precisava dele. Porque acho que me fez crescer um pouco mais ainda também em termos de maturidade política, e apesar de me fazer impressão de facto hoje em dia existir uma polarização muito grande (não tanto em Portugal, mas em países como os EUA por exemplo), o Tomás parece pensar menos do que eu nestas questões. Portanto ou é um vigarista, um sonso, ou (como disse a Diana) um idiota, apesar de me parecer que é apenas um genuíno idiota utópico com opiniões mais ou menos conscientes/assumidas/pensadas.
As tiradas dele sobre o Hitler ou sobre o Diogo Faro e o Ventura são surreais.
Finalmente, penso muito de facto sobre porque pessoas pensam diferente de mim, nomeadamente eleitores do Chega (visto estarem no extremo oposto), o que os leva a votar num partido racista, xenófobo, antidemocrático, infestado de criminalidade, incompetência e sonsice. Mas não para os perceber e acenar com a cabeça ou dar palmadinhas nas costas, precisamente para tentar desmontar e convencê-los de que o caminho não é por ali, não é essa a solução. E para isso, na minha opinião, acho que se pode aprender um bocado em relação à questão de não se hostilizarem as hostes. Repito, não estou a falar de aceitar que se diga "Etnia X são todos porcos", como, infelizmente, já ouvi, mas de desmontar esse tipo de pensamento e crenças. Não acredito que gritar só "isso é racista" funcione, é o meu ponto. A solução? Talvez passe por sermos pedagogicamente intransigentes, mas compreendo que uma posição do género seja alvo de críticas também.
Se tiverem sugestões de soluções sou todo ouvidos e se alguém leu tudo até aqui, obrigado :)
Ser "pedagogicamente intransigente" é uma excelente expressão e provavelmente traduz a melhor forma de ser/estar em democracia. Seria uma premissa melhor para um podcast do que "despolariza".
Gostei muito deste episódio. Nunca ouvi o “Despolariza” até porque naturalmente olho com desconfiança para esta espécie de corrente “conciliadora” da política. Do que vocês mostraram, o meu preconceito estava certo. Ao ouvir estes excertos que apresentaram, deu-me a impressão de que o Tomás vem de uma corrente de pensamento que nasceu lá atrás, vinda do 9gag (sim), quando se deu uma sobrevalorização da ciência “objectiva” e “factual”, em detrimento de outros aspectos da vida humana. Foi também uma época marcada por um ateísmo cínico, muito “científico”. O resultado é que, à conta disso, a malta da “ciência” ficou com o ego inchado por acharem que eles é que são os seres iluminados, que lidam com “factos” e não com opiniões, mas eles não deixam de ter opiniões e a postura deles não deixa de marcar um posicionamento político.
Malta como aqui o amigo Tomás quer-se apresentar como representante do extremo-centrão, mas curiosamente acabam a descair um bocadinho para a direita… Enfim. Termino dizendo que, após um episódio a descobrir a mente por detrás do Despolariza, subscrevo na íntegra a conclusão final do Afonso sobre este projecto e sobre o seu autor.
“O Hitler tinha uma boa intenção”? Epa, ó Tomás, vai pó crl.
A maioria da argumentação do Tomasgalhães é tão falaciosa, (e nem digo que sempre o faz de forma propositada, porque ninguém consegue ser tão estúpido a n ser q esteja sob efeito de um psicotrópico, e nesse caso kudos pq disfarça bem) que é cansativo estar a desmontar aquelas camadas todas. “Hoje” ouvi pela primeira vez um episódio até metade [em q eu saí mais polarizado do que entrei] pq foi convidado o Gary Stevenson e às tantas o tema era os “1%”. Mostraram um mapa que procurava demonstrar a predomínio daqueles sobre o restante da economia pq quem detém uma casa para viver num mercado habitacional sobreaquecido, na verdade , não está mais rico pq só quando liquidar o bem é que valoriza o investimento, mas o tomasgalhães n percebeu o ponto e achou que o argumento do interlocutor era populista (de onde tirou o clipe para o teaser do episódio, claro) pq n percebeu que os 1% q dominam a economia - para eles o valor intrínseco de um imóvel é completamente diferente de quem vive nele - é que definem em dado momento o que é ter poder económico. Bravos pela vossa paciência!
* e concordando convosco, só uma pessoa com um pensamento tão pueril é que não percebe o conceito de crueldade. Para ele, no fundo, o nazismo foi sobretudo um mal-entendido. A quantidade de pessoas que o seguem, e acredito que nem 1/3 o oiçam de facto p alem dos soundbytes, é reveladora do nível de estupidificação a que as redes sociais sujeitaram as pessoas.
Que engraçado. "Opa, vamos ouvir esse gaaaaaaajo"? "É preciso ouvir toda a gente e depois são Nazis " 😆😆😆 . Não conhecia o vosso podcast, foi fixe. Mia culpa de tentar mudar o mundo com um podcast 😆
Só consegui ouvir este episódio agora porque os meus horários são de um morcego esquizofrénico em ácidos e finalmente alguém pega nisto! Tenho uma náusea de estimação por este pseudo intelectual que vem despolitizar tudo como se a solução dos males do mundo fosse sermos todos amigos, darmos todos as mãos e cantarmos uma canção. É um tipo que me irrita, tenho vontade de pôr anúncios com o número dele nos classificados do jornal a vender bimbys a metade do preço ou meter os contactos dele em sites para ser contactado por operadores de telecomunicações com ofertas imbatíveis! Obrigado por isto, senti que alguém me compreende!
Adorei o episódio! Já o conhecia, porque já ouvi o episódio dele com o RAP e com a Bumba na Fofinha, (que o comeu vivo). Deu para perceber o que era, bem, não na extensão do que ouvi neste episódio :o há pessoas mesmo bacocas e poucacinhas, realmente. Adorei a reação da Diana quando descobriu, não mentiu! Hahah percebeu logo com o que lidava ahaha
O que eu me ri com este episódio. Nunca tinha ouvido o Despolariza mas tinha uma relativa ideia do que era e até achava que era um projecto nobre. Depois de vos ouvir, estou como a Diana “é que já estou irritada!”
Foi o primeiro e único episódio (para já) que ouvi vosso. Confesso que me deixou desconfortável. Pelo enxovalhanço e pela dissecação crua de uma pessoa de quem tinha melhor ideia. Vamos por partes: sou de esquerda, engenheiro informático, e também achava que a política podia ser "resolvida".
Quando comecei a interessar-me por política, li sobre todo o tipo de ideologias e achei que ia encontrar A ideologia "certa". Rapidamente percebi que política é um jogo de corda e que não se consegue agradar a todos ao mesmo tempo.
Também sou uma pessoa com imensas dúvidas, sobretudo no que toca a política porque tento sempre ver os dois (ou múltiplos) lados de alguma coisa. No sentido em que tento perceber o que leva uma pessoa a defender certa posição. Tenho sempre mais perguntas do que respostas em relação a determinado tópico e sobre que medidas devem ou não ser tomadas.
Dito isto tudo, gostei muito do episódio, mesmo que tenha sido desconfortável. Acho que precisava dele. Porque acho que me fez crescer um pouco mais ainda também em termos de maturidade política, e apesar de me fazer impressão de facto hoje em dia existir uma polarização muito grande (não tanto em Portugal, mas em países como os EUA por exemplo), o Tomás parece pensar menos do que eu nestas questões. Portanto ou é um vigarista, um sonso, ou (como disse a Diana) um idiota, apesar de me parecer que é apenas um genuíno idiota utópico com opiniões mais ou menos conscientes/assumidas/pensadas.
As tiradas dele sobre o Hitler ou sobre o Diogo Faro e o Ventura são surreais.
Finalmente, penso muito de facto sobre porque pessoas pensam diferente de mim, nomeadamente eleitores do Chega (visto estarem no extremo oposto), o que os leva a votar num partido racista, xenófobo, antidemocrático, infestado de criminalidade, incompetência e sonsice. Mas não para os perceber e acenar com a cabeça ou dar palmadinhas nas costas, precisamente para tentar desmontar e convencê-los de que o caminho não é por ali, não é essa a solução. E para isso, na minha opinião, acho que se pode aprender um bocado em relação à questão de não se hostilizarem as hostes. Repito, não estou a falar de aceitar que se diga "Etnia X são todos porcos", como, infelizmente, já ouvi, mas de desmontar esse tipo de pensamento e crenças. Não acredito que gritar só "isso é racista" funcione, é o meu ponto. A solução? Talvez passe por sermos pedagogicamente intransigentes, mas compreendo que uma posição do género seja alvo de críticas também.
Se tiverem sugestões de soluções sou todo ouvidos e se alguém leu tudo até aqui, obrigado :)
Obrigado pelo comentário cuidado e construtivo.
Ser "pedagogicamente intransigente" é uma excelente expressão e provavelmente traduz a melhor forma de ser/estar em democracia. Seria uma premissa melhor para um podcast do que "despolariza".
Gostei muito deste episódio. Nunca ouvi o “Despolariza” até porque naturalmente olho com desconfiança para esta espécie de corrente “conciliadora” da política. Do que vocês mostraram, o meu preconceito estava certo. Ao ouvir estes excertos que apresentaram, deu-me a impressão de que o Tomás vem de uma corrente de pensamento que nasceu lá atrás, vinda do 9gag (sim), quando se deu uma sobrevalorização da ciência “objectiva” e “factual”, em detrimento de outros aspectos da vida humana. Foi também uma época marcada por um ateísmo cínico, muito “científico”. O resultado é que, à conta disso, a malta da “ciência” ficou com o ego inchado por acharem que eles é que são os seres iluminados, que lidam com “factos” e não com opiniões, mas eles não deixam de ter opiniões e a postura deles não deixa de marcar um posicionamento político.
Malta como aqui o amigo Tomás quer-se apresentar como representante do extremo-centrão, mas curiosamente acabam a descair um bocadinho para a direita… Enfim. Termino dizendo que, após um episódio a descobrir a mente por detrás do Despolariza, subscrevo na íntegra a conclusão final do Afonso sobre este projecto e sobre o seu autor.
“O Hitler tinha uma boa intenção”? Epa, ó Tomás, vai pó crl.
A expressão ateísmo cínico é excelente
Até que cheguei a seguir (nas redes sociais note-se) a pessoa e acho que a pessoa que se define como líder não interessa.
A maioria da argumentação do Tomasgalhães é tão falaciosa, (e nem digo que sempre o faz de forma propositada, porque ninguém consegue ser tão estúpido a n ser q esteja sob efeito de um psicotrópico, e nesse caso kudos pq disfarça bem) que é cansativo estar a desmontar aquelas camadas todas. “Hoje” ouvi pela primeira vez um episódio até metade [em q eu saí mais polarizado do que entrei] pq foi convidado o Gary Stevenson e às tantas o tema era os “1%”. Mostraram um mapa que procurava demonstrar a predomínio daqueles sobre o restante da economia pq quem detém uma casa para viver num mercado habitacional sobreaquecido, na verdade , não está mais rico pq só quando liquidar o bem é que valoriza o investimento, mas o tomasgalhães n percebeu o ponto e achou que o argumento do interlocutor era populista (de onde tirou o clipe para o teaser do episódio, claro) pq n percebeu que os 1% q dominam a economia - para eles o valor intrínseco de um imóvel é completamente diferente de quem vive nele - é que definem em dado momento o que é ter poder económico. Bravos pela vossa paciência!
* e concordando convosco, só uma pessoa com um pensamento tão pueril é que não percebe o conceito de crueldade. Para ele, no fundo, o nazismo foi sobretudo um mal-entendido. A quantidade de pessoas que o seguem, e acredito que nem 1/3 o oiçam de facto p alem dos soundbytes, é reveladora do nível de estupidificação a que as redes sociais sujeitaram as pessoas.
Não somos conhecidos pela nossa paciência, mas ficamos agradecidos na mesma :)
Que engraçado. "Opa, vamos ouvir esse gaaaaaaajo"? "É preciso ouvir toda a gente e depois são Nazis " 😆😆😆 . Não conhecia o vosso podcast, foi fixe. Mia culpa de tentar mudar o mundo com um podcast 😆
Bom, alguém tem que o fazer. Não te sintas mal.
We thank you for your service :)
Só consegui ouvir este episódio agora porque os meus horários são de um morcego esquizofrénico em ácidos e finalmente alguém pega nisto! Tenho uma náusea de estimação por este pseudo intelectual que vem despolitizar tudo como se a solução dos males do mundo fosse sermos todos amigos, darmos todos as mãos e cantarmos uma canção. É um tipo que me irrita, tenho vontade de pôr anúncios com o número dele nos classificados do jornal a vender bimbys a metade do preço ou meter os contactos dele em sites para ser contactado por operadores de telecomunicações com ofertas imbatíveis! Obrigado por isto, senti que alguém me compreende!
Se não conseguirmos mais, ao menos que este podcast sirva de apoio ao grupo de pessoas lesadas pelo despolariza.
Adorei o episódio! Já o conhecia, porque já ouvi o episódio dele com o RAP e com a Bumba na Fofinha, (que o comeu vivo). Deu para perceber o que era, bem, não na extensão do que ouvi neste episódio :o há pessoas mesmo bacocas e poucacinhas, realmente. Adorei a reação da Diana quando descobriu, não mentiu! Hahah percebeu logo com o que lidava ahaha
A Diana deu spoilers logo no início! Os restantes foram muito ingénuos :)
O que eu me ri com este episódio. Nunca tinha ouvido o Despolariza mas tinha uma relativa ideia do que era e até achava que era um projecto nobre. Depois de vos ouvir, estou como a Diana “é que já estou irritada!”
Mesmo, a Diana tirou-lhe a pinta logo no inicio.
Sexto sentido certeiro! “É um idiota” 🤣